22 de abril de 2011

Portal


Enquanto sentia medo da chuva ela esperava por paz, sabia que o que lhe tanto angustiava estava por vir.
Sentia-se num mundo distante..onde só ela poderia penetrar, só ela poderia compreende-lo, decifrá-lo. Por mais que outras pessoas ao seu redor lhe fizessem companhia, somente ela enchergava o portal que a conduziria.
Solidão inevitável, ninguém chegaria lá a não ser ela.

No intervalo dos pingos da chuva há a esperança de encontrar alguem que possa lhe acompanhar. Mas não qualquer pessoa, na sua vida foram escolhidos amigos protetores, mas nesse momento não eram eles que lhe poderiam curar.... a ferida aberta pelo portal.
Ela não se interessa pelo fim e sim pelo caminho que há de percorrer.
E ela continua a procura de desejos.

4 comentários:

  1. Tu me dá vontade de pensar...

    Eu não entendi qual é o papel da chuva aí... Por que medo da chuva? O que ela representa? Por que essa esperança aparece só no intervalo dos pingos da chuva?

    A primeira frase é confusa... "Ela esperava por paz"... A paz que viria quando a ferida fosse curada? "O que lhe tanto angustiava por vir"... A solidão? A jornada solitária a esse mundo que só ela compreende?

    Esse mundo eu entendi. Não é só ela que tem um desses.. Mas essa questão da solidão inevitável é um tanto complicada... Porque é verdade, essa jornada só pode ser percorrida por ela, só ela pode decifrar, compreender esse mundo, mas se ela tem o apoio de amigos, se ela tem amigos, talvez ela não esteja tão solitária assim... Mesmo nos momentos em que está mais sozinha.

    "Alguém que lhe possa acompanhar"... Como eu te disse, tu me dá vontade de pensar, mas não acredito que esse alguém exista... Acredito, e entendo, essa necessidade de ter alguém que possa acompanhá-la nessa jornada a esse mundo distante que só ela compreende, mas ela precisa mesmo percorrer esse caminho sozinha, ninguém poderá ir junto com ela.

    "Curar a ferida aberta pelo portal"... Preencher o vazio... Não quero parecer chato, mas tu sabe muito bem do que isso se trata, e eu não acredito nisso. Não acredito que exista alguém que possa curar essa ferida por ela, que possa preencher o seu vazio. Acredito sim, que ela pode muito bem curar-se sozinha, mas não solitária.

    As duas últimas frases me confundiram também... Não consegui entender direito a ligação com o restante do texto... O caminho a que tu se refere é aquela jornada de penetração ao mundo distante?

    "E ela continua a procura de desejos"... Desejos?


    Sei que não se explica poesia, mas não consegui pensar em nenhum comentário útil, então acabei por expor o que interpretei do texto, bem como minhas muitas dúvidas...

    :P

    Abração! O/

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  2. Hauehauehauhe

    Olha o tamanho que ficou o comentário interpretação... Gosto desse jeito conciso que tu escreve, falando muito mais do que as palavras podem dizer.

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  3. Bom...as vezes nao penso muito antes de escrever..é que tava chuvendo..e as confusões dela davam mais medo...com a chuva..sendo que a chuva ja tava dando medo!E a esperança se dá qndo a chuva se acalma!
    Sente que a solução está por vir....pode ser que nao necessite de alguem...mas tem um pedaço dessa caminhada que precisa!
    Ah!e sim o caminho é a passagem pelo portal e os desejos...acho que pensei em algo que faça ela correr por algo..desejos de fazer alguma coisa...
    sei la...poesias são estranhas..apenas escrevi..tentei expressar sentimentos...


    foi massa ver teu baita comentario

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  4. Lembrei Mario Quintana "Pra que pensar? Também sou da paisagem [...]"

    Quando escrevo, deixo-me levar tbm, coloco elementos que não têm aparentemente um significado... se bem que acho bobagem interpretar cada detalhe... poesia é sentimento, é algo que sentimos em um determinado momento... muitas vezes, indefinível.

    ^^

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