22 de abril de 2011

Portal


Enquanto sentia medo da chuva ela esperava por paz, sabia que o que lhe tanto angustiava estava por vir.
Sentia-se num mundo distante..onde só ela poderia penetrar, só ela poderia compreende-lo, decifrá-lo. Por mais que outras pessoas ao seu redor lhe fizessem companhia, somente ela enchergava o portal que a conduziria.
Solidão inevitável, ninguém chegaria lá a não ser ela.

No intervalo dos pingos da chuva há a esperança de encontrar alguem que possa lhe acompanhar. Mas não qualquer pessoa, na sua vida foram escolhidos amigos protetores, mas nesse momento não eram eles que lhe poderiam curar.... a ferida aberta pelo portal.
Ela não se interessa pelo fim e sim pelo caminho que há de percorrer.
E ela continua a procura de desejos.